segunda-feira, 8 de agosto de 2011

as dobras da pele, os contornos do olho




Poesia nômade, eu sou um poeta nômade,
carrego o amarrado de estrelas elétromagnéticas
e um punhado de amores nos vãos dos dentes e dos dedos

Corro por esse planeta almirante com botas de negras pedras,
com os cascalhos do que pensamos durante os sonhos de amor,
com as rochas vulcânicas paridas pelo chão da matéria ígnea
de nossos mais nobres sentimentos

Eu vivo para isso, para escrever,
inventar a ordem e a desordem,o gato e o cão,
a aranha e o passáro do breu e do brilho de nossas lágrimas

A fêmea que real comigo isso viver,
ultrapassará os liâmes de de tudo que é orgástico,
as tramóia e as tragédias:
estará alguém nesse evoluir preparado para tal beleza?

Avancemos milímetro por milímetro, palmo à palmo...
o ventre de vidro, o ventre de cera,
as dobras da pele, os contornos do olho

(edu planchêz)

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