o que nunca foi nem será vencido
para não ter que engolir mais uma vez o choro,
desço aos infernos, pelos fossos,
pelas arcadas luzes das aparições,
pelas pontas dos aguilhões do meu próprio bicho
e o que me resta é o choro,
enxurrada coberta de gravetos,
de cascas e sementes,
lembranças e mágoas humanas
meus canais estão todos abertos
para receber das cruesas de vossas mãos
o que nunca foi nem será vencido
(edu planchêz)
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