sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Estrelas virís
(Foto: Antonin Artaud)
Filósofos são zumbis especulando como deve ser levada a vida,
não passam de paranóico sem graça que perdem a existencia calculando,
rabiscando tratados sobre o nada, pois, nada dizem,
ou simplesmente falam demais
Os que racham as caras cravando as bundas
e as bocas nas espirais do mundo
são em minha ceia benvindos;
mas esse economistas,
didáticos, para-didáticos de pouco ou nada servem...
o que há de melhor nas escolas é a merenda e as merendeiras,
o resto: gaióla, gretas, correntes, presídio,
cadeira elétrica, injeção letal
Qual é tua direção,
qual é a direção, o paradeiro correto?
O véu e grinalda,
os banquetes faraónicos, a mizéia completa...
Contando moedianha,
notas verdes-azuis cor de bosta...
O sol é redondo, o sol é quadrado,
o sol tem a formato do meu pau
Quando a luz acende,
você apaga, quando a porta abre, você fecha
e pega a foice e decepa a cabeça dos pássaros,
com pedras obtusas destrói a lua e as tulipas
Vem mesmo me cobrar as contas pagas,
os pratos limpos,
o cu não cagado...
que pego teu banco de valores e estraçalho
com os versos lança-chamas de Diego El Khouri
Me peça um pedaço da Terra (vai, possou poderes)
que te dou um punhado de ossos de teu próprio esqueleto,
ossos de tua própria falta de memória,
ossos da estupidez dos que te criaram
Cidade Monstro de monstros comedores da anti-visão,
do anti-delírio, do anti-cinema, do anti-amor,
da máquina trituradora de flores e céus azul-pastel
O senhor da desordem que me habita nesse agora,
destelha todas as casa
para que a "noite da grande fogueira desvairada" ensope
tua cama de estrelas virís
(edu planchêz)
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