sábado, 24 de setembro de 2011

água do sol


















palavra grudada em palavra
você grudada em mim...
e nesse grude vamos espalhando o polém
de flores equatoriais
nos irmãos e irmãs que estão na Europa,
no sul e no norte, no leste e no oeste
desse continente partícula corpo
de meus ancestrais

ouço o ruído e o apito da embarcação
( que é minha própria existência),
ouço os trotes de meus medos ( superáveis)
caminharem pelos ladrilhos da casa

suponho que meus poemas são bem construídos,
suas vigas e bases possuem os alicerces
alinhavados por meus mestres
e pelas tintas do que fiz e do que faço

venham cores das plantinhas do meu amor
colorir o que é simples, estou triste...
possuo os instrumentos para decantar o líquido sódico
das dores e beber a água do sol

(edu planchêz)

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